O livro em questão é uma coletânea de artigos e entrevistas que tratam sobre o fenômeno da pichação paulista, inclusive conta com uma entrevista com Djan CRIPTA acerca de seu fazer cinema, o seu cine-pixo(pixador).
Daniel Mittmann pesquisa em seu mestrado (UNESP, Rio Claro) o fenômeno paulista da pichação, bem como a relação do sujeito pichador com a positivação da ilegalidade e a construção de uma subjetividade que flerta cotidianamente com o jogo do legal e do ilegal. (i)legal. O mestrado está sendo concluído e o livro “Pichazao asegún gauchés” é uma consequência dessa pesquisa.
Os livros de política editorial cartonera são bastante comuns em países latinos, como é o caso do Paraguay. Os autores cedem seus textos para que sejam impressos, confeccionados com capas de papelão pintadas a mão, e comercializados em feiras, praças, nas ruas etc. O dinheiro que por ventura seja arrecadado com a venda desses livros são voltados a cooperativas e grupos de catadores e recicladores.
Daniel Mittmann que esteve por quase um mês em uma residência de investigação na cidade de Asunción a convite dePlanta Alta Galeria (PA), além de pesquisar acerca das múltiplas e conflitantes identidades grafiteiras no Paraguay, abriu uma série de contatos e um deles foi justamente com a editora Kurnikova, que na figura de Cristino Bogado (poeta/punk paraguaio) lhe fez o convite para a publicação.
Além da versão impressa com capa de papelão o livro pode ser baixado em versão resumida no formato PDF no blog da editora.
